Estamos no terceiro mês de 2020 e muitos acontecimentos já impactaram o setor de compras B2B. A confirmação de pandemia do coronavírus e tantas outras coisas que estão a acontecer nos bastidores político e económico. O ano apenas começou e já nos trouxe vários desafios.
Mas mesmo diante disto tudo, as empresas precisam estruturarem-se e atualizarem-se para manter os negócios a funcionar, atingir as metas e satisfazer os clientes.
Portanto, nesta artigo, fazemos uma abordagem às tendências para o setor de compras B2B e as práticas que podem ajudar os compradores no ano de 2020.
-
Investimentos em Machine Learning
As companhias estão a investir em Machine Learning para obter mais produtividade, ganho financeiro e resultados assertivos. Esse movimento de mercado deve aumentar ainda mais nos próximos anos. Até 2021, o investimento em Inteligência Artificial e Machine Learning deve crescer 46,2% anualmente, totalizando U$S 52 bilhões, segundo pesquisa recente da consultoria IDC.
No caso do setor de compras, o crescimento significa mais espaço para implementar ferramentas e soluções que otimizem o tempo gasto com processos manuais. Além disso, cria uma cultura estratégica de organização das transações, gerenciamento de fornecedores, gestão de riscos e, principalmente, de análise de dados.
O foco do Machine Learning é traçar perfis mais corretos dos seus clientes e até prever comportamentos para tomadas de decisão assertivas.
-
Fornecedores como parceiros
A maneira com que os compradores se relacionam com seus fornecedores tem mudado com o passar dos anos. Hoje em dia, devido aos desafios de mercado e à concorrência crescente, as organizações precisam que os vendedores forneçam com prazos e quantidades estabelecidas.
Portanto, hoje, mais do que nunca, as relações funcionam como uma troca. O comprador é parceiro dos fornecedores, a fim de favorecê-los durante as relações de acordo. Desta maneira, os vendedores têm prazer em fazer negócios e ajudar as organizações a alcançarem seus objetivos de prazo, preço e qualidade.
Neste momento, o fornecedor passa a atuar como um sócio da empresa, onde, juntos, podem criar e desenvolver cenários que sejam satisfatórios para ambos os lados. Essa relação, além de diminuir os riscos da cadeia de abastecimento e aquisição, favorece a inovação nas empresas.
-
Digitalização dos processos de compras
Segundo o relatório “Compras de classe mundial: redefinindo o desempenho na era digital”, feito pela Consultora Internacional Hackett Group, empresa líder em benchmarking e melhores práticas para empresas globais, as áreas de compras que usam as tecnologias 4.0 conseguem obter uma redução de custos de até 17%. Entretanto, quando aceitam verdadeiramente a transformação digital – ou seja, mudam o mindset e não apenas utilizam determinada tecnologia de maneira pontual – conseguem reduzir os gastos em 45% ou mais.
O relatório também aborda a importância de libertar os profissionais de atividades rotineiras e repetitivas, e dar mais tempo e condições para serem estratégicos. Por meio da transformação digital, é possível implementar soluções robotizadas, que ajudam a reduzir os erros nos processos e, claro, a obter mais lucro.
Após a mudança de comportamento, restará para as organizações decidir como utilizar as economias de custo geradas pela digitalização. Talvez, seja uma ótima oportunidade para investir em funcionários, qualificando-os para tarefas mais estratégicas e importantes para o negócio da empresa.
-
Gestão de riscos para evitar problemas na cadeia de suprimentos
Nenhum negócio é intocável. As ameaças são inerentes a todos e, quando falamos sobre riscos, existem aqueles que conseguimos prever e evitar, e aqueles que simplesmente acontecem e nos forçam a atuar rapidamente para que os impactos sejam mínimos nos negócios e na sociedade. Por isso, é preciso ter um plano de contingência sempre que algo inesperado aconteça.
No caso do Coronavírus, temos visto que o risco sequer havia sido mapeado. Neste cenário, é necessário rever os passos da gestão de riscos, não só olhando para o risco primário da contaminação das pessoas, mas também os riscos secundários na cadeia de suprimentos e na economia mundial.
O planeamento das respostas deve incluir fontes alternativas de suprimentos e níveis de stock, considerando também uma possível queda na demanda dos produtos ou serviços das empresas.
Para ler mais sobre o tema clique aqui!
Artigo adaptado do blog ME Brasil