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Business Intelligence: a inteligência artificial nas compras corporativas

Business Intelligence: é a principal aposta para a tomada de decisões e o recurso que está a moldar o futuro das compras nas empresas.

 

Justificar as compras na sua empresa com decisões que resultaram no passado deixou  de ser a única alternativa. Esta abordarem tem vindo a ser substituída por análises feitas a partir do Business Intelligence (BI), uma inteligência artificial que pode ajudá-lo a desenvolver as estratégia necessárias para orientar o seu negócio.

Se antes era necessário uma empresa manter uma estrutura com o objectivo de verificar contratos e criar relatórios, hoje o BI é, cadavez mais, a aposta no que respeita a tomada de decisões no departamento de compras.

Combinando soluções de Tecnologia da Informação (TI), analytics e software, que permitem explorar dados de fontes diversas, como os usados nas compras corporativas, essa inteligência de negócios extrai informações de sistemas como o ERP e o CRM, e converte-as, em tempo real, em informações significativas.

O BI também pode ajudar o departamento de compras e o profissional desta área a resolver os seus principais problemas relacionados com informações de longa data. “Base de dados de clientes, dados da nuvem de outros sistemas, folhas de Excel… todos estes dados sem estrutura transformam-se em informação relevante através do BI”, conforme explicou Marcelo Beccari, CTO do Mercado Eletrônico.

 

Quantidade de dados

O fluxo de dados multifacetados não pára de crescer: nos anos 1990, o mundo produzia 100 gigabytes de dados por segundo. Segundo o estudo do IDC e EMC, até 2020 teremos 44 milhões de biliões de gigabytes.

O desafio, no entanto, é controlar o aumento exponencial desses dados e sua diversidade. Graças aos algoritmos, a análise de dados de hoje consegue produzir modelos previsíveis que englobam todas as atividades de uma empresa: contabilidade, orçamento, relacionamento com o cliente, organização interna, recursos humanos.

Com uma leitura inteligente desses dados, uma organização é capaz de definir uma nova direcção. “Esse poder que antes estava nas mãos apenas de programadores e analistas, hoje está na mão de todos e permite que empresas descubram informações que estavam fora de sua alçada de uma forma fácil e visual”, justificou o CTO.

 

Inteligência dos negócios ou informática da decisão?

Criada pelo alemão Hans Peter Luhn em 1958, o BI surgiu quando o armazenamento de dados em arquivos virtuais ainda era uma utopia. Até que, em 1989, Howard Dresner lhe deu um novo significado. Nas suas palavras, o “novo” BI seria “um conjunto de conceitos e métodos para melhorar a tomada de decisão por meio de sistemas de análise de dados factuais”.

O que o seu criador não poderia prever é que as ferramentas de análise de decisão do Business Intelligence poderiam ir além da criação de simples relatórios. Como referiu Marcelo Beccari, “O BI de hoje não é o mesmo que o de antes. Antigamente existia uma base transacional para criar relatórios. Hoje ele é mais direccionado para a descoberta”.

A capacidade da ferramenta para monitizar a atividade da empresa e orientar a gestão das suas escolhas ultrapassa as competências humanas. Ela é alcançada com a ajuda da Inteligência Artificial (A.I) e Machine Learning, que proporciona a visibilidade total de gastos, riscos e desempenho, além de dar uma visão de 360º de toda a empresa.

 

Business Intelligence detecta problemas nunca antes identificados

Encontrar respostas pode ser algo complexo. Às vezes nem sabemos ao certo do que estamos à procura. É neste ponto que a BI ajuda a encontrar elementos que antes passavam despercebidos. “O ME Boost, a ferramenta de BI do Mercado Eletrônico, é essencial para ajudar a responder perguntas que ainda não foram sequer feita”, afirmou Marcelo Beccari sobre o mecanismo que acompanha todas as soluções da empresa.

A magia acontece a partir da Data Discovery, que faz uma análise estratégica dos dados e permite sua visualização para que as respostas sejam encontradas. Com isso, aos poucos saem de cena os relatórios predefinidos para levar a análise de informações a todas as camadas das empresas.

Por ser um motor de pesquisa altamente escalável, essa inteligência armazena e analisa grandes volumes de informação e interpreta esse conteúdo em gráficos, observados num painel de controlo com funcionalidades customizáveis de acordo com as necessidades do utilizador.

Quando o assunto são as compras corporativas, com o BI terá disponíveis todos os componentes para uma análise precisa que leva à governança. O ME Boost, esclareceu o diretor, vai além dos relatórios e expõe os dados colhidos em gráficos, linhas de tendências e mapas. “O utilizador pode cruzar compras de um fornecedor por uma categoria, por sazonalidade, geografia, unidade de negócio, identifica anomalias nas compras, leadtime, favorecimento de um determinado fornecedor ou segmento”, acrescentou.  “As possibilidades são infinitas”.

 

O Business Intelligence estará em tudo

Com interfaces mais leves, excelente usabilidade e soluções intuitivas baseadas em SaaS (Software as a Service), o BI atual ainda tem a mobilidade a seu favor. Ou seja, dados importantes e indicadores-chave podem ser consultados através de um smartphone.

Segundo a Gartner, “75% da sua organização e seu ecossistema (clientes, fornecedores e concorrentes) serão utilizadores ativos de ferramentas de análise nos próximos dois anos”. 

Desta forma, um ciclo de BI claramente definido ajuda as empresas a estabelecer metas, analisar o progresso, obter informações, agir e medir os resultados. Definitivamente, o Business Intelligence é uma estrutura de gestão de desempenho que deve acompanhar as soluções da sua empresa.

 

Adaptado de: blog.me.com.br