Nenhum negócio é intocável. As ameaças são inerentes a todos e, quando falamos sobre riscos, existem aqueles que conseguimos prever e evitar, e aqueles que simplesmente acontecem e nos obrigam a atuar rapidamente para que os impactos sejam mínimos nos negócios e na sociedade.
Por isso, é preciso ter um plano de contingência sempre que algo inesperado aconteça.
Na metodologia clássica dos 5 passos estão previstas as seguintes etapas:
- Identificação: mapeamento dos riscos.
- Análise qualitativa: definição do nível de importância de cada risco e a probabilidade de ele ocorrer.
- Análise quantitativa: avaliação dos impactos e dos efeitos causados pelos riscos.
- Planeamento de respostas: definição das ações, em caso de ocorrência da ameaça para minimizar os efeitos.
- Monitoramento: acompanhamento dos processos de prevenção para garantir que são executados.
No caso do Coronavírus, temos visto que o risco não tinha sido mapeado. Já tivemos outras epidemias internacionais, até com índice de mortalidade superior à atual, mas que não provocaram o desequilíbrio na economia global como estamos a observar agora. Os efeitos da crise atual têm sido mais provocados pelo pânico gerado do que a infecção propriamente dita.
Neste cenário, é necessário rever os 5 passos da gestão de riscos, olhar para o risco primário da contaminação das pessoas, mas também os riscos secundários na cadeia de suprimentos e na economia mundial.
O planeamento das respostas deve incluir fontes alternativas de suprimentos e níveis de stock, considerando também uma possível queda na procura dos produtos ou serviços das empresas.
A maior dificuldade hoje, dada as incertezas, é realizar a análise quantitativa que determina os potenciais impactos e efeitos para o negócio.
De qualquer forma, é necessário desenvolver alguns cenários para o planeamento das ações para enfrentar a crise.
Coronavírus e os seus impactos no Mundo VUCA
A crise do Coronavírus no mundo reforça o conceito VUCA, um acrônimo que nasceu no final dos anos 90, na época pós-Guerra Fria, para explicar diversas situações adversas no universo militar.
Hoje, também utilizado nos negócios, o termo tem como objetivo elucidar o momento que estamos a passar, marcado pela velocidade, imprevisibilidade, transformação e diferentes pontos de vistas sobre um mesmo fato.
O mundo VUCA é líquido e incerto e só o conhecimento é capaz de permitir que as organizações acompanhem tantas mudanças.
Esta crise mundial reforça a importância de colocarmos em prática conceitos já bem difundidos no mercado, mas ainda pouco aplicados.
É importante que as empresas procurem um alinhamento entre o discurso e a prática, ou seja, estabeleçam planos de gestão de riscos, e sejam coerentes, transparentes e eficazes.
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