Outsourcing ao longo dos tempos
Longe vão os tempos em que o outsourcing se resumia a contratar recursos para atividades de baixo valor, como a limpeza ou a segurança. Hoje em dia, as empresas aprenderam a confiar e a fazer parcerias com profissionais especializados, que as ajudam a suprir as necessidades em conhecimento.
O outsourcing, enquanto alocação de processos de negócio a um fornecedor de serviços externo especializado, tem como principais áreas de atuação: planeamento e estratégia; financeira, jurídica e administrativa; recursos humanos; marketing e vendas; informática, produção e logística.
Tipos de outsourcing
“Do what you do best and outsource the rest.” – Peter Drucker
Portugal e o nearshoring
O outsourcing tem vindo a crescer em Portugal, estando o país a tornar-se cada vez mais um destino competitivo para receber centros de competência de prestação de serviços nos mais variados sectores, a nível internacional.
É isto o nearshoring: o fornecimento de serviços a empresas situadas em países fronteiriços. Além da posição estratégica, segurança e paz social, o nosso país é reconhecido pela qualidade dos recursos humanos, principalmente na área de Tecnologias de Informação.
Tendências do outsourcing: tecnologia e inovação
Segundo um inquérito feito pela Deloitte em 2016 a empresas de várias dimensões na América, Europa e Ásia, há três tendências emergentes:
- As empresas estão a olhar para o outsourcing como mais do que o simples corte de custos. Ainda que o custo seja a principal razão para se contratar em regime de outsourcing (59%), logo de seguida vem o foco em funções core da empresa (57%) e a resolução de problemas de capacidade (47%);
- Há uma redefinição nas parcerias e na gestão dos riscos. O cloud computing (a chamada “nuvem”) tem afetado a relação entre as empresas, principalmente na redução do custo da entrega (61%), aumento na mudança (45%) e o tempo de implementação (30%);
- Aumento do interesse em maximizar o valor na relação com os prestadores de serviços de outsourcing. Valor, mais do que custo, é o que se procura quando se pensa em outsourcing e é medido pela forma como os prestadores destes serviços ajudam a capacitar o crescimento das empresas através da inovação.
Quer saber quais as vantagens e desvantagens para a sua empresa? Continue a ler!
Algumas dicas para que o outsourcing seja rentável
Pode ter tomado a decisão de partir para o outsourcing, mas agora que fornecedor seleccionar? Um bom negócio de outsourcing é muito mais do que fazer contrato com quem faz o que precisamos por menos dinheiro.
É preciso considerar a qualidade do trabalho, valor e confiança, entre outros, antes de escolher o seu parceiro de outsourcing. A sua escolha pode ter impactos enormes para a reputação da sua empresa.
6 coisas que deve procurar num fornecedor:
1. Confiança: pesquise toda a informação que conseguir sobre o fornecedor; se puder, peça uma opinião aos clientes anteriores. Lembre-se: os seus clientes vão sofrer as consequências se o seu fornecedor não cumprir.
2. Qualidade: principalmente a consistência na qualidade ao longo do tempo. É o nome da sua empresa que está em causa.
3. Experiência: se está a contratar outsourcing, convém que seja especializado, para lhe poder dar o conhecimento que não tem. Além disso, quanto mais experiência tiver, menos preocupações terá durante o período de contrato.
4. Variedade de serviços prestados: se esses serviços forem complementares, poderá usufruir dos mesmos sem necessidade de recorrer a uma outra empresa (além de que, como já trabalha com o fornecedor, ele já tem mais conhecimento sobre a sua empresa e vai disponibilizar recursos que melhor se adaptem a si).
5. Comunicação: a comunicação com o fornecedor é a chave para que tudo corra bem. É necessário fazer pontos de situação recorrentes para que tudo possa continuar bem – ou mudar para melhor.
6. Valor do custo: serviço prestado deve valer aquilo que paga por ele.